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Rep贸rteres no cativeiro

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Rog茅rio Sim玫es | 2007-10-30, 18:22

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Meses atr谩s, quando as imagens do jornalista e colega Alan Johnston, sob o poder de um grupo armado palestino, foram divulgadas na internet, eu me lembrei imediatamente do americano Daniel Pearl (foto). Aos 38 anos, rep贸rter do influente Pearl era experiente e cuidadoso. Acreditava ter tomado todas as precau莽玫es necess谩rias antes de ir a uma suposta entrevista com um l铆der religioso no Paquist茫o, pouco depois da queda do Taleb茫 no vizinho Afeganist茫o. No que seria o come莽o de uma onda de seq眉estros e mortes de ocidentais no Oriente M茅dio, no auge da chamada "Guerra ao Terrorismo", Pearl teve a garganta cortada e foi, em seguida, decapitado. Grande parte dos envolvidos no crime foi presa, entre eles Ahmed Omar Saeed Sheikh, ou simplesmente Xeque Omar, que espera julgamento de recurso ap贸s ser condenado 脿 morte.

A hist贸ria de Pearl est谩 contada no filme O Pre莽o da Coragem, adapta莽茫o do livro escrito por sua mulher, a jornalista francesa Mariane Pearl, que estr茅ia nesta sexta-feira no Brasil. O diretor Michael Winterbottom mais uma vez recriou com primor uma realidade contempor芒nea e explosiva, como j谩 havia feito em Neste Mundo ou Caminho para Guant谩namo. Ao retratar o trabalho do rep贸rter do WSJ e os posteriores esfor莽os de sua mulher e representantes do jornal para obter sua liberta莽茫o, o filme exibe a fragilidade inerente ao trabalho jornal铆stico. Correspondentes, especialmente em 谩reas de conflito, s茫o mensageiros 脿 merc锚 da realidade que investigam. A busca da informa莽茫o implica uma constante conviv锚ncia com o risco, e eu, como jornalista e espectador, senti esse risco exposto na tela de forma real.

Alan Johnston teve mais sorte. P么de contar sua pr贸pria hist贸ria, em uma reportagem para a 成人快手, dias atr谩s. Apesar de ter sido colocado em frente a uma c芒mera, sob amea莽a de morte, no mesmo tipo de ritual macabro por que passou Daniel Pearl, Johnston sobreviveu. Foi libertado como parte de um acordo entre o Hamas e seus captores, que atuavam de maneira independente na Faixa de Gaza. Seus quase quatro meses nas m茫os de um desconhecido grupo, auto-denominado "Ex茅rcito do Isl茫", s茫o descritos por Johnston de maneira emocionada, mas sem perder a perspectiva equilibrada e justa que marcaram seu trabalho como rep贸rter. Sofreu humilha莽玫es e torturas psicol贸gicas t铆picas de um cativeiro, mas admitiu que a sua experi锚ncia "n茫o foi o que prisioneiros irquianos foram for莽ados a enfrentar na pris茫o de Abu Ghraib".

Seq眉estros de jornalistas pelo mundo afora (como no Brasil, onde Tim Lopes teve o mesmo destino de Daniel Pearl) s茫o conseq眉锚ncias das pr贸prias mazelas que eles tentam expor. No caso de Gaza ou Paquist茫o, mazelas diretamente ligadas a conflitantes projetos pol铆ticos, sendo que a popula莽茫o local sofre infinitamente mais que os jornalistas estrangeiros.

Tanto Pearl como Johnston sabiam do risco que corriam em regi玫es mu莽ulmanas onde grupos extremistas v锚m conquistando espa莽o. Suas nacionalidades, americana e brit芒nica, faziam deles alvos em potencial de militantes que eram, regularmente, temas de suas reportagens. Mas o tipo de trabalho que realizavam 茅 essencial, por mostrar ao mundo os efeitos das disputas por poder nas regi玫es mais conflituosas do planeta. Seus olhos eram os olhos dos leitores, espectadores e ouvintes. Um capuz sobre a cabe莽a de um rep贸rter pode impedi-lo de ver e at茅 mesmo decretar sua morte. Mas n茫o elimina a necessidade de se mostrar uma realidade que muitos preferem encobrir.

颁辞尘别苍迟谩谤颈辞蝉Deixe seu coment谩rio

  • 1. 脿蝉 06:39 PM em 05 nov 2007, Maria das Merc锚s G.Massa escreveu:

    Quando voce tem uma miss茫o jornalistica, e resolve cubrir uma
    grande reportagem,furo de reportagens em lugares de risco,sabendo o tipo de governo e a situa莽茫o que deve enfrentar .voces n茫o v茫o querer que os inimigos abrace voces e muito menos beije.Voce pode ser recebido com balas de fuzil ou ser estragulado,esquaterjadosetc...Afinal,voce esta no confroto de linha de guerra.Zona de risco 茅 zona de risco.
    Seja: no Brasil,na colombia, It谩lia,
    no Paquist茫o, na frente de Gaza.茅 ter
    coragem 茅 sangue frio ,para enfrentar,rezar para o santo de devo莽茫o ,Deus e al谩.que vai para isso,
    viver ou morrer.

  • 2. 脿蝉 03:07 PM em 06 nov 2007, leticia escreveu:

    Eu n茫o concordo com o post acima, escrito pela Maria das Merc锚s. Acho que os rep贸rteres que se submetem a algum rsico merecem mais respeito.N茫o queremos que inimigos nos beijem ou que nos recebam com caf茅zinho. Pessoas morrem em zonas de conflito para cumprir a miss茫o jornal铆stica de informar e prestar servi莽os 脿 sociedade. A sociedade respeita um m茅dico que vai para uma zona de risco salvar vidas mas n茫o respeita muitas vezes, o comunicador, que tem um compromisso com a verdade e com a sociedade assim como o m茅dico, o presidente o engenheiro e o pai de fam铆lia.

    Eu iria sim at茅 uma zona de conflito. E acho que ainda reside em muitos jornalistas o desejo de mudar o mundo de alguma forma, mesmo que a pior consequ锚ncia aconte莽a.

  • 3. 脿蝉 10:27 AM em 12 nov 2007, Alessandro Cavalcante escreveu:

    Acho um absurdo matarem, torturarem, sequestrarem jornalistas. 脡 o trabalho deles trazer informa莽茫o a n贸s que ficamos confortavelmente em nossas casas, e nossos trabalhos...sem correr risco algum.
    Admiro muito o trabalho dos reporteres, correspondentes do mundo inteiro. Levando a informa莽茫o a milhoes de pessoas. Parab茅ns pelo trabalho. Gra莽as a voc锚s eu sento aqui e fico sabendo do que acontece a铆 fora e isto acaba desempenhando um papel fundamental no meu senso critico. Abra莽o a todos.

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